O que é NAD+, o ingrediente que é a nova aposta para a longevidade


Usada por celebridades como Kylie Jenner e Hailey Bieber, a substância pode ajudar a reverter questões de saúde associadas ao envelhecimento Em 2018, grandes marcas de cosméticos como Neutrogena e Drunk Elephant anunciaram que não usariam mais o termo “anti-idade” em suas embalagens e publicidades. Em vez disso, apareceram expressões como “pró-pele” e “antissinais”, em um movimento que buscava transformar o olhar sobre o envelhecimento em um processo natural e positivo, e não um problema a ser combatido. Ainda que o discurso tenha passado por mudanças relevantes, o comportamento dos consumidores mostra que a demanda por longevidade continua a todo vapor no mercado da beleza. Prova disso é a busca crescente por ingredientes que podem ajudar a garantir um futuro mais saudável — o mais recente a virar tendência é o NAD+.
NAD+ é a sigla para nicotinamida adenina dinucleotídeo, um derivado de coenzima e vitamina B presente em todas as células do corpo que tem conquistado celebridades — como Kendall Jenner e Hailey Bieber — e atletas de alta performance por trazer benefícios para a saúde. Consumido na forma de suplementos ou por via intravenosa, o ingrediente está associado a melhorias na qualidade do sono, na vitalidade e na capacidade de reverter biomarcadores associados ao envelhecimento, como a regeneração do colágeno e a recuperação muscular depois de atividades físicas. Apesar de as pesquisas científicas em torno da substância ainda serem limitadas, a procura só aumenta.
Recentemente, o WGSN, empresa especializada em tendências de comportamento e consumo, apontou o NAD+ como um ingrediente-chave para 2024. “A ‘economia da longevidade’ e o interesse no biohacking [prática que une a biologia a técnicas de hacking para modificar o próprio organismo e torná-lo mais produtivo] estão impulsionando a procura por soluções de alto desempenho, que ajudem a trazer melhorias para o envelhecimento de dentro para fora. O NAD+ fornece uma solução para melhorar a saúde física e da pele em um nível celular, apelando a uma mentalidade skinimalista”, explica Bruna Ortega, diretora de contas do WGSN.
De acordo com a companhia, pesquisas globais no Google por “NAD+” tiveram um crescimento de 21% no ano passado — mais forte na Europa, Ásia e América do Norte, a tendência está avançando para outras regiões do mundo. Só nos EUA, o mercado do NAD+ foi avaliado em 535 milhões de dólares em 2022. Para Bruna Ortega, a preocupação com o envelhecimento é perene, e chega cada vez mais cedo — a geração Z também já está pensando no futuro. “Nas redes sociais, a conversa sobre o tema é dominada por seis ingredientes principais: antioxidantes, colágeno, ácido hialurônico, vitamina C, retinol e peptídeos. Todos apresentam crescimento anual desde 2018”, destaca ela.
No caso do NAD+, as vantagens vão além de uma pele bem-cuidada. Estudos apontam que a substância pode ajudar até a reverter o avanço de doenças associadas à idade, como o declínio da capacidade cognitiva, a diminuição de massa muscular e alterações no metabolismo. Práticas do dia a dia também podem ajudar na produção natural de NAD+ pelo organismo — entre elas, o consumo de alimentos ricos em aminoácidos, como brócolis e repolho, e treinos de resistência.

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